The work started as a riff on the photo booths so ubiquitous here in Seoul, South Korea where I was an artist in residence at MMCA Changdong. What appears to be an immensely image-driven culture, on the rise worldwide of course, felt very palpable here with the excessive and elaborate amount of places where you can get your picture taken. In these ultra-photobooths, one often finds quotes and mantras, such as “Make for Narcissist” or “I can be the celebrity” dispersed on the walls in various catchy fonts and styles. In a sense, they are “reflections” on photography and the performance of the self.
The ring light itself has been an object of intrigue for me for some time as a new sculptural entity that gained momentum during the pandemic but that has been on the rise ever since, replacing big production studio equipment with this simple circular light. This light provides a reflection in the eye of the streamer/influencer/content creator, and hence a certain liveliness. It uniformly lights up the face and eliminates any shadows. It is a sculptural object that crystallizes digital labor in its precarity, the human need for validation and connection, and the nascent creator economy at large.
The anthropomorphic quality of the ring lights and their installment at human height produces an uncanny feeling where we find ourselves in the presence of a seductive army of bright uniform entities which we struggle to stare at but which also stares back at us.
The installation too includes a textual component in the form of a poem:
Give me the spark in your eyes and I
shall offer you the world, cast your shadows away,
build a following, make you viral,
a prophet, say,
or a shooting star, astray
Take the spark in my eyes and
shoo precarity away,
seduce the algorithm, put in a good word, monetize my content,
send that ad revenue my way,
some profit, say,
clout or sway
Give me a spark in my eyes, meet me halfway
[PORTUGUÊS] O trabalho começou como um riff das cabines fotográficas tão onipresentes em Seul, na Coreia do Sul, onde eu era um artista em residência na MMCA Changdong. O que parece ser uma cultura imensamente voltada para a imagem, em ascensão em todo o mundo, é claro, pareceu muito palpável lá com a quantidade excessiva e elaborada de lugares onde você pode tirar uma foto. Nesses ultrafotobooths é comum encontrar citações e mantras, como “Make for Narcissist” (Feito para um narcisista) ou “I can be the celebrity” (Eu posso ser a celebridade), espalhados pelas paredes em várias fontes e estilos chamativos. De certa forma, são reflexos/reflexões sobre a fotografia e o desempenho do eu.
O ringlight em si tem sido um objeto que me intriga há algum tempo como uma nova entidade escultural que ganhou impulso durante a pandemia, mas que vem crescendo desde então, substituindo equipamentos de estúdio de grande produção por essa simples luz circular. Essa luz proporciona um reflexo no olho do streamer/influenciador/criador de conteúdo e, portanto, uma certa vivacidade. Ela ilumina o rosto de maneira uniforme e elimina as sombras. É um objeto escultural que cristaliza o trabalho digital em sua precariedade, a necessidade humana de validação e conexão e a nascente economia do criador digital.
A qualidade antropomórfica dos anéis luminosos e sua instalação na altura humana produz uma sensação estranha, na qual nos encontramos na presença de um exército sedutor de entidades uniformes brilhantes, para as quais lutamos para olhar, mas que também nos olham de volta.
A instalação também inclui um componente textual na forma de um poema:
Dê-me o brilho em seus olhos e eu
lhe oferecerei o mundo, afastarei suas sombras,
construirei uma legião de seguidores, tornarei você viral,
um profeta, digamos,
ou uma estrela cadente, desgarrada
Pegue o brilho em meus olhos e
afaste a precariedade,
seduza o algoritmo, dê uma boa palavra, monetize meu conteúdo,
envie essa receita de anúncios para mim,
algum lucro, digamos,
poder ou influência
Dê-me um brilho em meus olhos, encontre-me no meio do caminho
In Residence 